Destaco a participação da Senhora Marlene Xavier, representando as Mães Pela Igualdade.
Marlene é mãe de quatro filhxs LGBT, e trabalhava na escola onde todxs estudavam, e viu de perto as violências sofridas pelxs filhxs. Marlene Xavier é uma mãe pela igualdade!
Esteve presente também João W Nery, autor do primeiro livro escrito em português contanto a história de um transhomem, a Deputada Erika Kokay, a Profesorra Miriam Abramovay, a Professora Maria Lucia Leal, representantes do MEC, do MJ, da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Comissão de Educação e Cultura, entre alguns outros.
Mas nessa postagem chamo a atenção para o que a presença da pesquisadora e militante Tatiana Lionço representou para os setores conservadores e fundamentalistas do Congresso Nacional e do país como um todo.
A fala da Tatiana Lionço girou sobre a sexualidade na infância, e o olhos abusadores e castradores de adultos. Sem jamais defender a pedofilia e qualquer abuso de crianças e adolescentes, a pesquisadora teve sua fala editada de forna pífia e repugnante para servir de mote a perseguição de LGBTs.
Contudo, a idéia aqui não é perder tempo mostrando esses materiais deturpados e exdruxulos, mas pelo contrário veicular o material original da pesquisadora.
O debate que ocorreu pela manhã está disponível nesse vídeo, onde Tatiana Lionço aparece a partir de 2h37'.
"Aqueles e aquelas que qualificamos hoje como crianças foram tratadas por longos periodos como adultos em miniatura. O que levou o papa bento XVI a infeliz declaração, inoportuna, de que a pedofilia nem sempre fora objeto de penalização, e portanto poderia ser relativizada historicamente. Evidentemente nós não vamos usar da compressão sobre sexualidade infantil para sermos coniventes com esse tipo de manejo argumentativo por parte da igreja católica, onde a sexualidade infantil não existe a não ser no momento em que argumentativamente ela importa ao adulto abusador, e que recorrentemente, no caso da pedofilia dentro da igreja católica, a inteligibilidade sobre o que se passou do ponto de vista da autoridade religiosa, é a culpa da criança homossexual. Então, absolutamente, discutir sexualidade na infância não é ser conivente com esse tipo de linha argumentativa" diz Tatiana
Também aproveito para divulgar livro organizado por ela e pela pesquisadora Débora Diniz, Homofobia & Educação - um desafio ao silêncio, que conta com textos de Daniel Borrillo, Claudia Vianna e Lula Ramires, Malu Fontes, Fernando Pocaby, Rosana de Oliveira e Thaís Imperratori, Raoger Raupp Rios e Wederson Rufino dos Santos, Rogério Diniz Junqueira, Débora Diniz e Tatiana Lionço.
Segue também o texto que Tatiana Lionço escreveu sobre o caso: Transviada contra a ordem sexual: má fé e vergonha!
O debate ocorrida pela tarde no seminário pode ser aqui visualizado:
Foi a igreja católica que inventou essa viagem de ter idade pra fazer sexo, de não poder fazer dentro da família e de ficar preso a uma pessoa, nada a ver.
ResponderExcluirhttp://forumbaianolgbt.blogspot.com.br/2012/08/abeh-repudia-ataques-proferidos-contra.html?spref=fb
ResponderExcluirA Associação Brasileira de Estudos da Homocultura (ABEH), organização que reúne pessoas que pesquisam a diversidade sexual e de gênero no Brasil, vêm a público repudiar os ataques que vêm sendo realizados por fundamentalistas religiosos brasileiros contra pesquisadores e pesquisadoras da área em nosso país. Falas de pesquisadores/as reconhecidos/as no Brasil e no exterior têm sido editadas de forma a modificar completamente o sentido dos seus pronunciamentos públicos.
As falas das pesquisadoras Tatiana Lionço e Marina Reidel e do pesquisador Alexandre Bortolini, do Secretário de Educação Continuada, Albetização e Diversidade do Ministério da Educação, André Lázaro, da deputada Fátima Bezerra, do deputado Jean Wyllys e do religioso Marcio Retamero e de outros/as participantes do 9º Seminário LGBT, realizado no último dia 15 de maio de 2012, na Câmara dos Deputados, com o tema Respeito à diversidade se aprende na infância, foram explicimente editadas com o objetivo de dar outro sentido para as mensagens dos/as palestrantes, desqualificar as pesquisas e impedir o avanço da implementação de políticas públicas que combatam a homo, lesbo e a transfobia em nosso país.
A ABEH manifesta sua solidariedade aos/às pesquisadores/as e solicita que as autoridades competentes tomem as devidas providências.
Salvador, 27 de agosto de 2012
A direção da ABEH